11 de set. de 2012

A medicina veterinária dos engomadinhos

Um "pinga-fogo" bem rápido...

Lembro que ao receber os parabéns pelo "Dia do Veterinário" (09 de Setembro) da minha irmã caçula, também médica veterinária, retruquei de maneira até um pouco rude: "Comemorar o quê?"

É óbvio que me conhecendo bem ela não ficou nada surpresa com minha reação. Afinal de contas, o que foi feito da nossa profissão nos últimos anos me faz corar de vergonha. No que se transformaram os médicos veterinários de hoje? Lá vai:

1) Babás de cachorrinhos/gatinhos de madame.

2) Aplicadores de vacinas.

3) Vendedores de medicamentos.

4) Dependentes de exames complementares.

5) Secretários de "pet-shop".

6) Ah, sim! Vendedores de ração (a 8ª maravilha do mundo!).

A clínica, a intuição, a experiência dos antigos profissionais, as vacinas e os medicamentos apenas quando necessários e na medida certa? Jamais! A ordem do dia é empurrar para pessoas com problemas psíquicos (que chamam um Yorkshire Terrier de "meu bebê", por exemplo) todo tipo de tranqueira e inutilidade, esquecendo das obviedades e do caminho mais simples e racional. 


Uganda do Itanhandu, Fila Brasileiro do Canil Itanhandu especializado na raça.

O médico veterinário cuida da saúde animal para preservar antes de tudo a saúde humana. Na inspeção de carnes e derivados, leite e derivados, pele, ovos, mel, pescado, fármacos, pesquisa, clínicas, genética, nutrição, dentre outros ramos, o objetivo é sempre o mesmo já citado acima. Hoje vemos balconistas engajadinhos de lojas para animais tentando cooptar profissionais veterinários a fazer parte do mundinho podre do "bem estar dos pets", da venda a qualquer custo de medicamentos e produtos biológicos (antibióticos, vermífugos, ectoparasiticidas, vacinas) e do teatrinho asqueroso dos "banho e tosa" da vida.

Quer frescura? Vá fazer a merda de um balé.

Quer enganar e furtar os outros? Vire um petralha.

Deixem a Medicina Veterinária para quem tem hombridade.


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